O blog do Jeremias, do politicamente incorrecto, do "mete nojo", do informativo, do que vier alma.
segunda-feira, março 02, 2009
Da Estante dos CD's, 5
Porque o Natal (ou Nadal em Galego) já lá vai há muito, aqui vos deixo um senhor que me tem feito muita companhia, principalmente no carro nas horas que tenho passado na estrada. Desta feita feita Johnny Cash no seu álbum "American V: A Hundred Highways", um trabalho excelente creio que de despedida e de reflexão do autor sobre a vida mas, é a minha humilde opinião.
Deixo-vos "God's Gonna Cut You Down" do "legend" Johnny Cash. Curiosidade... Vejam se encontram alguém conhecido no video???
Domingo passado por terras de Galicia reparava ao longo da estrada ao anoitecer (tipo lusco-fusco) nas iluminações Natalícias, próprias da quadra, ora qual não é o meu espanto quando por vezes aparecia uma iluminação que dizia "Bo Nadal", ora ocorreu-me logo que por aquelas paragens ande um belo surto de gripe, anda tipo tudo "consdipado" a por "Dasex do dariz".
A todos um Bo Nadal No Nadal bela banhã Oubem-se os sidos docar A todos um Bo Nadal
Numa conversa com o amigo R. entre tantos temas veio à baila o filme "The Thomas Crown Affair" o de 1999, não o de 1968, falava-se da cena final, da fantástica alusão a Rene Magritte e à música que acompanha esta cena. Pois bem essa música é nada mais nada menos que "Sinnerman" da senhora Eunice Waymon, mais conhecida pela diva do jazz, do soul, dos blues, do gospel, Nina Simone. Faz esta senhora parte da minha estante, pois consegui recentemente um bom número de álbuns da fantástica "Verve Jazz Masters" em que esta senhora ocupa o 17º álbum. Pena minha que não tenha este "Sinnerman" incluído mas, queria partilhá-lo convosco, pois apesar dos quarenta e muitos anos passados em cima da versão que vos apresento, esta parece muito actual. Votos de que gostem e se a paciência for o vosso dom, ouçam-na até ao fim porque vale bem a pena. Da minha estante, Nina Simone, com este "Sinnerman".
Aquele abraço. Jeremias
Nota: De muitas fotografias que podia ter escolhido de Nina Simone, escolhi esta gravura retirada "abusivamente" da Wkipedia.
Quando eu me encontrava preso Nas celas de uma cadeia Foi que eu vi pela primeira vez As tais fotografias Em que apareces inteira Porém lá não estavas nua E sim coberta de nuvens Terra, Terra Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria? Ninguém supõe a morena Dentro da estrela azulada Na vertigem do cinema Manda um abraço pra ti, pequenina Como se eu fosse o saudoso poeta E fosses a Paraíba
Terra, Terra Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria?
Eu estou apaixonado Por uma menina terra Signo do elemento terra Do mar se diz terra à vista Terra para o pé, firmeza Terra para a mão, carícia Outros astros lhe são guia
Terra, Terra Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria?
Eu sou um leão de fogo Sem ti me consumiria A mim mesmo eternamente E de nada valeria Acontecer de eu ser gente E gente é outra alegria Diferente das estrelas
Terra, Terra Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria?
De onde nem tempo nem espaço Que a força mande coragem Pra gente te dar carinho Durante toda a viagem Que realizas no nada Através do qual carregas O nome da tua carne Terra, Terra Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria?
"Nas sacadas dos sobrados Da velha São Salvador Há lembranças de donzelas Do tempo do imperador Tudo, tudo na Bahia Faz a gente querer bem A Bahia tem um jeito"
Terra,Terra Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria? Caetano Veloso
Aquele abraço. Jeremias
Nota: A primeira imagem creio que não necessita de explicações, a segunda é o mar daquela que tem sido a minha segunda cidade, a Póvoa de Varzim, a terceira trata-se de um cordão de dunas do deserto de Erg Chebi.
Bem antiga esta musiquinha, faz parte das minhas memórias, porém não sabia que existia uma "animação" em jeito de "vídeo clip", animação esta também dirigida pelo próprio autor... Do "mestre" Toquinho, o eterno amigo de Vinicius e Jobim esta "Aquarela", uma forma simples de ver a vida. Espero que gostem!
Aquele abraço. Jeremias
Nota: "Aquarela" é um álbum de 1983, numa fase em que Toquinho se dedicava a criar músicas para crianças e para novelas infantis.
Recentemente, no aniversário do primo e amigo P., tive a oportunidade de revisitar umas músicas que quando ouvidas só me ocorria, "Xiiiii, há quanto tempo não ouvia isto!!!", e isto era The Doors, a banda do imortal Jim Morrison, pela qual tive sempre grande simpatia mas, nem sempre foi o que mais tocou nos diferentes aparelhos de som onde costumo ouvir música. Podia ter escolhido vários temas como "Alabama Song", "The End", "Break on Trough", "When the Muisc's Over", "Light My Fire", "Road House Blues", "Riders On The Storm", entre tantas outras mas, decidi escolher esta talvez por ser uma das musicas de The Doors que mais me encantou o ouvido. Desta feita, recomendando sempre a sua audição, The Doors com "Spanish Caravan", ficando também as saudades das terras de Andaluzia e a vontade de revisitar aquelas paragens.
Spanish Caravan
Carry me, caravan. Take me away. Take me to Portugal. Take me to Spain. Andalusia With fields full of grain, I have to see you Again and again. Take me, Spanish caravan. Yes, I know you can.
Trade winds find Galleons Lost in the sea. I know where treasure Is waiting for me. Silver and gold In the mountains of Spain, I have to see you Again and again. Take me, Spanish caravan. Yes, I know you can.
Já no passado enunciei versos deste "escritor de canções" aqui no blog. É daqueles autores que não me canso de ouvir, por mais que os anos passem e que as modas mudem. Desta feita Sérgio Godinho que apresentou recentemente o seu último trabalho ao vivo, "Nove e Meia no Maria Matos", alinhamento do qual tive a feliz oportunidade de ser "cobaia", num concerto dado na Festa do Avante de 2006. Sinceramente já vi outros alinhamentos mais a meu gosto mas, este também não se saiu nada mal. Podia aqui enumerar os muitos álbuns até ao livro sua biografia (do Nuno Galopim) que tenho aqui espalhados pelas estantes mas, desta vez, de um dos muitos poucos álbuns que não tenho do autor e por fazer parte do alinhamento do ultimo trabalho, também das minhas memórias da infância...
É Tão Bom
Vale a pena ver castelos no mar alto Vale a pena dar o salto pra dentro do barco rumo à maravilha e pé ante pédesembarcar na ilha Pássaros com cores que nunca vi que o arco-íris queria para si eu vi o que quis ver afinal
É tão bom uma amizade assim Ai, faz tão bem saber com quem contar Eu quero ir ver quem me quer assim É bom para mim e é bom pra quem tão bem me quer
Vale a pena ver o mundo aqui do alto vale a pena dar o salto Daqui vê-se tudo às mil maravilhas na terra as montanhas e no mar as ilhas Queremos ir à lua mas voltar convém dar a curva sem se derrapar na avenida do luar