Nestes dias que passam tento apreciar o breve descanso que me é permitido mas, ao mesmo tempo as preocupações rotineiras bailam nos meus pensamentos.
Saudades dos tempos da infância em que as ditas "férias grandes" eram mesmo grandes, as preocupações resumiam-se à impaciência no contar das horas que faltavam até a digestão estar completa, ou à hora do lanche, ou de gelado na praia.
O saco dos brinquedos era de um pano acastanhado com uma altura bem capaz de se aproximar à minha altura actual (e não me considero um tipo baixote), assim tipo um saco daqueles do pão em tamanho bem ampliado.
Os amigos da praia que todos os anos lá estavam e que com o passar dos anos da infância apareciam com difereças notórias, uns com óculos, outros com aparelhos nos dentes, enfim sinónimos de um crescimento gradual.
Saudades das brincadeiras entre os primos, os ditos amigos da época, depois de jantar ao longo da avenida marginal enquanto os adultos tomavam o seu café ou caminhavam, fazia-se horas para ir para a cama e um dia seguinte com mais do mesmo.
Ontém passei na praia onde durante anos da minha infância passava os tempos do Estio e veio-me à memória todas estas lembranças.
Que será feito dos tais amigos??
Que será feito de alguns primos??
As realidades hoje são bem diferentes e ficam tão somente as memórias.
Quanto a mim vou tentar gozar os poucos dias de descanso que tenho pela frente, quanto às preocupações rotineiras, aguentar com elas pois outras virão e, duma coisa tenho a certeza é que as minhas férias grandes são cada vez mais pequenas.
Aquele abraço.
Jeremias
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